sexta-feira, setembro 21, 2007


Amei muito!

Mais do que podia minha alma.

Amei e não notei que a lânguida lambida era feita de sal.

Dissolvia em mim um cálido torrão de açúcar.


Amei muito e isto não foi suficiente.


O que dar além de minha tosca versão do carinho?


Amei muito

E muito foi pouco.


Descobri que

afinal

não estamos diante do todo poderoso.

Apenas lamento o pouco que fui de mim.

Balançando entre a docilidade e o desprezo

arranhei a mim mesmo.

Risquei aquilo que eu poderia ter sido.


Envolvido pela mediocridade

descobri que não passo de um mero botão

abotoando a casa inabitável.

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