Amei muito!
Mais do que podia minha alma.
Amei e não notei que a lânguida lambida era feita de sal.
Dissolvia em mim um cálido torrão de açúcar.
Amei muito e isto não foi suficiente.
O que dar além de minha tosca versão do carinho?
Amei muito
E muito foi pouco.
Descobri que
afinal
não estamos diante do todo poderoso.
Apenas lamento o pouco que fui de mim.
Balançando entre a docilidade e o desprezo
arranhei a mim mesmo.
Risquei aquilo que eu poderia ter sido.
Envolvido pela mediocridade
descobri que não passo de um mero botão
abotoando a casa inabitável.