Para Zélia, minha ex, porém eterna, gatinha.
Queria dar-te pérolas negras da malásia,
mas meu bolso vazio e mal amado
desconhece as sutilezas do amor.
Queria encher-te de aves-do-paraíso,
mas estas esmeraldas sem brilho
ignoram o manto que veste o amor.
Queria cobrir-te com ouro da água,
ouropéis fascinando os tontos que
não sabem o quanto brilha o amor.
Queria colocar o nilo aos seus pés,
mas as jóias orientais, certamente,
se sentiriam menores diante do amor.
Queria Diamantina para que fosse sua,
mas presentear-te com pedras e ruas
é ocultar a praça por onde passeia o amor.
Então vai os versos de um poeta menor,
envergonhado com sua pena pequena,
triste diante do que existe de imenso
neste oceano de sensibilidade, nesta vasta
lagoa onde o amor nada de braçadas.
Beijos molhados, descarados, amados;
eis o que ofereço nesta canção vulgar.
Notas baratas na nata violeta do lugar,
notas paradas no nada violento do lunar.
Queria dar-te pérolas negras da malásia,
mas meu bolso vazio e mal amado
desconhece as sutilezas do amor.
Queria encher-te de aves-do-paraíso,
mas estas esmeraldas sem brilho
ignoram o manto que veste o amor.
Queria cobrir-te com ouro da água,
ouropéis fascinando os tontos que
não sabem o quanto brilha o amor.
Queria colocar o nilo aos seus pés,
mas as jóias orientais, certamente,
se sentiriam menores diante do amor.
Queria Diamantina para que fosse sua,
mas presentear-te com pedras e ruas
é ocultar a praça por onde passeia o amor.
Então vai os versos de um poeta menor,
envergonhado com sua pena pequena,
triste diante do que existe de imenso
neste oceano de sensibilidade, nesta vasta
lagoa onde o amor nada de braçadas.
Beijos molhados, descarados, amados;
eis o que ofereço nesta canção vulgar.
Notas baratas na nata violeta do lugar,
notas paradas no nada violento do lunar.