A pedra dura.
Rocha rachada
no solo, carcomido.
A pedra pura.
Richa antiga
no solo, do sax.
A pedra mole.
Rinha líquida
no solo, chão
debulhado no grão
dourado do sol, inclemente.
Tange uma guitarra,
range um carro, boi
na pipa linha limpa.
A pedra poluída.
Argamassa de detritos
soldados na sova,
na sopa dos desvalidos,
na sola dos vencedores.
A pedra política.
A dura titica
no solo, adubo
ancestral dos invasores,
sacramentos de excrementos
no dócil asno de botas.
Desde muito, remota fertilidade,
selo na testa das bestas,
soberba na lapela bela
do meu gostoso francês.
A pedra inculta.
A terna espera
do solo, de cello.
Fura a fina fila,
oculta pelo pó da festa,
a fácil faina da ira,
a gota suada na pira,
a espada moura na praia,
a ligeira lambada no lombo.
Tudo é delírio!
Lírio da pedra
na selva escura.
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