Verdugo de si mesmo em outro
o amor se mostra em outeiros
de prata, cintilando roteiros
feitos de rasteiras e trovas.
Algoz; agora não escolhe cena,
inventa tablado fatal, final
de um ato falho; conspurca a
pugna da vida com um gesto vil.
Patíbulo de outro em mim mesmo
o amor se vela em finas camadas
de pátina, mascarando posseiros
invadindo sem eira nem beira
a pobre propriedade de minha
rica idade: o Amor desvairado
em atitude nobre e guerreira.
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